A Operação Lava Jato começou em 2014 como uma investigação sobre lavagem de dinheiro e corrupção envolvendo a Petrobras. Ela levou à prisão de várias figuras políticas e empresários, incluindo Lula, que foi condenado em 2017.
O primeiro ponto é a anulação das condenações. Em 2021, o STF anulou as condenações de Lula por entender que a 13ª Vara de Curitiba, comandada por Sergio Moro, não tinha competência legal para julgá-lo. As ações foram transferidas para Brasília.
Outro ponto foi a questão da parcialidade de Moro. O STF também decidiu que Moro agiu com parcialidade no julgamento de Lula — um ponto central que descredibilizou parte do processo.
Do ponto de vista oficial, a absolvição não ocorreu por inocência, mas sim por falhas processuais. O cenário não “acabou” com a Lava Jato formalmente, mas foi um dos principais golpes contra a operação. Desde então, ela foi sendo esvaziada politicamente e judicialmente.
Fernando Collor foi condenado pelo STF em 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo a investigação, ele recebeu propina de esquemas em contratos da BR Distribuidora (ligada à Petrobras), segundo a acusação. A condenação veio anos depois do fim do mandato, e ele não teve os mesmos argumentos de nulidade de Lula (como parcialidade de juiz ou foro inadequado). Em resumo, Collor foi condenado após um processo com provas mantidas pelo STF, que considerou válidas.
